O Estadão publicou hoje três matérias sobre o caso do desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva, durante a ditadura militar. Sempre tive curiosidade de saber mais sobre a história, em detalhes, desde que li o gostoso livro Feliz Ano Velho, escrito por seu filho, o jornalista Marcelo Rubens Paiva, em 1982. São muitas as lacunas que precisam ser preenchidas na história, incluindo aí a verdade final sobre o que lhe aconteceu depois que foi preso.
Num primeiro momento, o governo militar chegou a negar até a prisão dele. Depois, irritado pela insistência na busca por Rubens Paiva, o Exército preocupou-se em criar uma versão, tida como farsesca pela família, de que ele teria sido resgatado por guerrilheiros. A família tem informações de que, após a prisão do deputado em 20 de janeiro de 1971, no Leblon, ele foi levado para a III Zona Aérea e torturado. De lá, foi transferido para o DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações-Centro de Operações de Defesa Interna), onde, novamente torturado, não resistiu e morreu.
As três matérias estão disponíveis na íntegra no site do jornal e valem ser lidas. São exemplos perfeitos de como é importante a abertura dos arquivos da ditadura militar para ajudar na elucidação de casos como esse.
Lacunas marcam laudo oficial sobre Rubens Paiva
Documento derrubou versão inicial dos militares
Procura por ex-deputado irritou Exército
5.5.09
Lacunas do caso Rubem Paiva
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