Por coincidência, na mesma época em que chega ao Brasil W., filme de Oliver Stone sobre o governo Bush, seu antigo vice-presidente, Dick Cheney, disse que os métodos aplicados pela CIA nos interrogatórios com supostos terroristas geraram resultados benéficos aos Estados Unidos. Quem assistiu ao filme sabe que ele mostra Cheney, no filme interpretado por Richard Dreyfuss, sugerindo ao chefe o uso de técnicas não convencionais nos interrogatórios.
Ou seja, a velha tortura. Ainda que tenha algumas restrições à obviedade de Oliver Stone, o filme tem o mérito de colocar pingos nos is do vocabuláro americano. É aquele sujeito, com aquela equipe, que eles elegeram e reelegeram. Foi aquela guerra, sem razões, que eles apoiaram. Ok, o país mais rico do mundo foi enganado. Mas o filme mostra que nem todos ali estavam sendo tolos. Os asseclas de Bush – e ele próprio, na minha opinião – sabiam o que estavam fazendo. Obama decidiu revelar como eram essas técnicas especiais de interrogatório, mas disse que ninguém será punido, já que apenas seguiam ordens na época tidas como legais.
É errado comparar situações históricas tão distantes, mas, neste caso, é difícil resistir a fazê-lo e até dar uma exagerada. Não eram esses os argumentos usados pelos oficiais nazistas em Nuremberg?
Tanque de links
Em W., ex-presidente Bush é visto como bufão
Oliver Stone discute W. com plateia de SP hoje
Crítica do New York Times
23.4.09
W., Cheney e os nazistas
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