21.5.06

Fiz uma pequena extravagância. 15 reais



Muitas pessoas têm gostado desse blog (até agora, 4). Eu também gosto de escrever aqui, mas às vezes me incomoda a sensação de que ninguém lê. Tudo bem. Vou continuar escrevendo. Se você está com pena, dá uma comentada, tá? Nem que seja pra me xingar. Falem mal, mas...

Bom, não estou postando só pra falar sobre o futuro do Textosetc. Hoje comprei cinco CDs. O novo do Chico, os dois novos da Marisa Monte, o novo do Lenine e o novo do Nando Reis. Gastei 15 reais. Isso mesmo. Piratão. Se fosse comprar os cinco na loja, verdadeiros, gastaria uns 120 reais, no mínimo. Ou seja: não compraria, porque não tenho essa grana pra gastar em CD.

Como já disse, e meus amigos sabem, sou um pouco politicamente correto, o que me impediria de comprar CD pirata e tirar empregos de milhares de técnicos e funcionários envolvidos na produção do disco, além de onerar o pobre do artista. Mas pensem comigo, caros leitores....

Todos sabemos que o artista só ganha uma ínfima percentagem pela venda de um disco. Uns dizem que não passa de um real. O resto do dnheiro vai pra gravadora, que lucra e paga os funcionários. Mas o camelô, o pirateador, o atravessador etc. também não lucro com a pirataria? Eles não precisam trabalhar da mesma forma que os outrs funcionários da gravadora? Não têm filhos pra sustentar do mesmo jeito.

Não me venham os economistas e empresários dizerem que a informalidade do camelô é ilegal. Ilegal é passar fome, não ter trabalho, não poder dar um presente pro filho no aniversário. Sou radical quanto a isso. Salve o camelô! Salve o ambulante! Salve o sacoleiro! São trabalhadores da mesma forma que vocês, economistas e empresários. E eles têm o direito de trabalhar no que desejarem.

Além disso, há o debate cultural. Se o preço dos CDs continuarem como estão, poderá uma pessoa que ganha 350 reais por mês ouvir música? Outra: ao artista é muito interessante que muitas pessoas ouçam sua música, porque isso atrai mais público para seus shows, onde ele realmente fatura.

Voltemos aos discos que comprei. Até agora, já ouvi os dois da Marisa Monte e parte do CD do Chico. Estou esperando pra ouvi-lo inteiro amanhã, plena segunda-feia. Não é erro de digitação, é feia mesmo.

Não entendo muito de música, mas acho que tenho bom gosto e uma visão despida de preconceitos sobre a mais universal das artes. Adoro música brasileira, seja ela como for. Ouço muito samba, bossa-nova, MPB, por mais ampla que seja essa denominação. Adoro sambar, dançar forró, música de gafieira e outros ritmos. Acho o astral de qualquer micareta extremamente contagiante e não consigo ficar parado, seja na pipoca ou no abadá. Acho pagode tão normal quanto samba, porém as letras são mais pobres. Não ouço, nem danço funk e hip-hop, mas vejo os dois ritmos como expressões artísticas. Da mesma forma, ido com rock pesado, os metal isso, metal aquilo. Não gosto, mas respeito. Pop eu gosto e ouço os artistas que têm composições legais, como Lulu Santos, Los Hermanos, Titãs etc.

Música estrangeira não é meu forte, mas curto um pop-rock americano. Gosto de dançar ritmos latinos e agora, que estou aprendendo français, estou conhecendo umas múscias bem bacaninhas.

Chega de falar dos meus gostos, porque os poucos que leram até aqui já devem estar de saco cheio. Gostei dos CDs da Marisa Monte. Infinito Particular e Unvierso ao meu redor. O primeiro é mais MPB e o segundo é de samba. Este tem uma proposta bem legal. Ela resgata sambas que estavam se perdendo com o tempo, porque nunca tinham sido gravados, ou se tinham, os orginais estão perdidos. Muito bom, mas "Barulhinho bom" ainda é seu melhor disco, sem comparação.

Soube uma curiosidade do CD do Chico que não li em nenhuma matéria ou entrevista. A música que as rádios estão trabalhando, "Ela faz cinema", tem um refrão igual ao título e fala de uma mulher que brinca com o cantor. Nossa santidade, Chico Buarque, que também compõe em francês, traduziu a expressão "faire du cinema" para o português. Lá, isso equivale a dizer em português que alguém finge, faz teatro etc. Ele diz que a mulher faz cinema, ou seja, finge, brinca com ele. Meio cultura inútil, né? Mas deixa pra lá.

Pra terminar, divulgo aqui a data de lançamento do livro do Luiz Eduardo Soares: dia 23 de maio, no Botafogo Plaza Shopping, Armazém Digital, às 19h30. Leia dois posts anteriores e vejam porque a palestra é imperdível.

Besos e hasta la vista!

2 comentários:

Anônimo disse...

Q legal essa curiosidade sobre o Chico!! Gostei de saber q ele naum privilegiou alguma menina q faz cinema em detrimento das super interessantes q fazem jornalismo!! Hahahahahah!!!
E eu apoio todas as suas compras, menos Lenine, q naum da...
E compra pirata mesmo! Esses preços sao absurdos!!
Enfim.. Bjooos!!

Anônimo disse...

Nossa quero todos esses tmb!!! O do Nando é bom!!!! tenho todos dele hauhauhauhau!!!! O problema é que gosto de todos esses artistas, só não curto muito o Lenine, é pelo visto vai ter que ser piratão mesmo!!!!