3.7.08

A terrível dor de acompanhar a Flip pela web

Por motivos orçamentários, a enorme redação do Textos etc não pôde enviar uma equipe para cobrir a Festa Literária de Parati, a Flip 2008. Bons brasileiros que somos, craques no vira-latismo, estamos nos virando com o que dá. E o que dá é acompanhar a Flip pela web.

Este ano, graças ao patrocínio da Oi, todas as mesas terão transmissão ao vivo, pelo site www.oi.com.br/flip. E quem acha que não é a mesma coisa... Está com toda a razão. Não é a mesma coisa. Mas há, ainda, um blog oficial e vários vídeos no Youtube, postados em um canal especial para a Flip. Apesar de prometer ser atualizado diariamente, o blog até agora (8 da matina do dia 3, portanto, segundo dia do evento) não tinha nenhum conteúdo.

Acho que todos os debates sobre o Machado de Assis, autor homenageado deste ano, são imperdíveis. O autor americano Philip Roth, que acaba de lançar no Brasil Fantasma sai de cena, o livro que encerra sua série com o personagem Fantasma, também promete ser interessante. Há também, no sábado, o dramaturgo Tom Stoppard, considerado um dos mais importantes do teatro contemporâneo. O Prosa Online, braço na internet do caderno Prosa & Verso, do Globo, publicou uma entrevista com o escritor, em que ele diz não fazer a mínima idéia do que falará durante sua participação na Flip.

Hoje, às 19h, há a mesa com a escritora portuguesa Inês Pedrosa, que dividirá a mesa Sexo, mentiras e videotape com a britânica Zöe Heller e a gaúcha Cíntia Moscovich. Familiarizada com o Brasil, Inês ambientou seu novo romance, A eternidade e o desejo, recém-lançado pela Alfaguara, numa Salvador pontuada por textos do Padre Antônio Vieira.

Por fim, o destaque desta edição é a mistura entre literatura e cinema, com oficinas de roteiro e mesas discutindo os pontos de encontro das duas linguagens. É colar no tal site da Oi e só desgrudar quando acabar a Flip. Ou a inveja dos que lá estão.

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